sábado, 16 de outubro de 2010

trap

"É isso aí garoto, tá ficando esperto!" É... alguma coisa nessa vida a gente tem que aprender.
Não demorei muito pra aprender que noitada num domingo a noite é incondicionalmente prejudicial para uma segunda-feira de trabalho. O que não pude conter foi a vontade incontrolável de acompnhar um amigo numa aventura com cheiro de furada. Nem que fosse para dar boas risadas da situação dele.

Domingo, 10/ 10/ 2010

Preso na leitura das últimas páginas de "On the Road", de repente me ví dentro de uma das aventuras de Neal e Jack. Justamente por estar junto com um bom amigo que muito me lembra o "anjo mau" como é descrito no livro: Neal Cassady.
Ligação 9 pm "Cara, você não sabe... ligou uma tal de... aqui pra mim e me chamou em tal lugar. Más o problema é que eu não me lembro dela..." "como assim?!" Perguntei. "Pois é... acho que é aquela tal, daquele dia... mas eu não tenho certeza... mais o pior é que, hoje a Miranda, aqueeela, já tinha me chamado pra ir no mesmo lugar, e eu tinha desconversado." Coisa boa não iria sair dali. Eu já sabia... mas não imaginava a peripécia que a gula desmedida por fêmeas desse meu amigo poderia lhe aprontar.
Me arrumei rapidamente, e lá pra meia noite estavamos no local. A tal moça misteriosa poderia aparecer a qualquer momento, e também a outra descartada. As duas juntas, seria uma cena e tanto... ok. Se fosse, mas ninguém apareceu. Desconsertado, o meu amigo ligou inumeras vezes e foi driblado de todas as formas, "tô num bar aqui perto... to na fila... to na fila... desisti de entrar, e vim pra praça São Salvador em Laranjeiras."
Mesmo que eu tenha pedido tanto pra que ele não fosse, ele foi, e eu acabei indo junto. Chegando no local. Vazio. Silencio. 3am. três moças. Nenhuma desconhecida. Uma famosa. Aqueeeela. Miranda. Sem graça o meu amigo meio que se fez de desentendido. E eu fitei a vagabunda por alguns instantes. trocamos alguns insultos leves, debochados, quase sexuais. Sem mais: "Vamos nessa?!" "Vamos". Partimos e foi só. No taxi, nos entreolhamos em silêncio por quase um minuto, desviamos olhares para o chão do taxi no banco de trás, então olhamos um pra cara do outro de novo... e camimos na gargalhada. "Você sabe que foi um trap."
Meu camarada balbuciou algumas desculpas mas acabou por não falar e saiu do taxi atônito. Me restou o comentario com o taxista pelo restante do caminho até a minha casa. Que silada, que vadia... mandou bem!

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