É o seguinte,
eu pulo de página
pra ver as figuras,
ligo os pontos e formo o desenho.
Contorno situações
pra não bater de frente.
Driblo a rotina,
mas sou flexado em cheio
por qualquer moça na esquina.
Desvio o olhar
por medo de dividir a rotina.
Se vier a calhar
amanhece e passa o dia.
Quando noite é cansada a retina
me recolho aos aposentos
e curo a fadiga.
Providencie um banho,
já já vem o dia,
acorda no laço
bendita rotina.
É a seguinte,
que entra na sala vazia.
É a de vinte
que se pinta em demasia.
É a ouvinte dos versos
ao pé do ouvido
segurando a taça vazia.
É esguia,
desabrocha em lençóis
esvaindo pelos meis dedos
deleitando-se nos meus braços
bebendo da minha agua,
banhando-se Maria.
Conduz seu desapego,
senhora, me encara e desvia.
Espera sentada,
sem hora na sala vazia.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
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